A SEGURANÇA DO TELEFONE CELULAR

De acordo com Marc Goodmam (2015) todos estamos vulneráveis. O telefone celular é o dispositivo que a maioria dos cidadãos modernos considera mais precioso, entretanto, é na verdade, uma armadilha facilmente explorável pelo crime organizado, terroristas, estelionatários, e até mesmo jornalistas que carecem de orientação moral. 

Os celulares estão se tornando os computadores pessoais favoritos de qualquer pessoa. Esses computadores de bolso servem como sinalizadores constantes da atividade e a localização em tempo real do titular da linha telefônica.

Os celulares, em razão de ser um dos dispositivos menos seguros que existem, fornecem um tesouro de informações tanto para os anunciantes quanto para os criminosos. Apesar das constantes variações, atualizações e novas versões, não é possível assegurar uma efetiva segurança e proteção aos seus usuários. Os constantes lançamentos de novos aparelhos e sistemas é somente uma jogada comercial para as empresas ganharem mais.

Os atuais sistemas de proteção (antivírus) são imaturos e totalmente inadequados diante dos sofisticados softwares de subversão de aparelhos que permite ataques de infecção para capturar informações e extrair todo o seu conteúdo. 

Ou seja, os atuais smartphones estão entre os dispositivos mais fáceis de se hackear e monitorar. Existem no mercado virtual diversos programas projetados especificamente para dar aos criminosos o acesso ao microfone do celular e gravar os sons nas proximidades, mesmo quando não se está fazendo uma ligação.

Históricos de mensagens de texto, agenda de telefones, fotografias, registros de chamadas, senhas de redes sociais, emails e informações de contas bancárias podem ser capturados por grupos especializados e organizações privadas estrangeiras.

Em 2014, a MacAfeee já havia identificado quase 4 milhões de malwares para telefones celulares, um aumento de 614% em relação ao ano anterior. 

Um dos grandes vilões para o aumento da vulnerabilidade dos celulares são os aplicativos (apps). A lógica pressupõe que qualquer app criado por um desenvolvedor tenha passado por uma rigorosa revisão de segurança, mas isso não acontece. Com mais de 1 milhão de apps disponíveis somente nos sistemas Android e iOS, quase não há verificação da integridade e segurança nesses programas.

Os apps que contêm malware estão cada vez mais presentes em sites que presumimos respeitáveis. Até pouco tempo foram encontrados em uma grande loja de apps, mais de 50 mil programas contendo spywares e cavalos de Troia para subtração de informações. Esses programas buscam preferencialmente informações financeiras.

Atualmente os cybercriminosos readaptaram suas operações para a criação de aplicativos, inclusive de bancos falsos e de jogos. Por qual motivo determinados aplicativos são gratuitos e precisam acessar seus contatos ou sua galeria de imagens?

A maneira mais segura para autoridades, executivos e pessoas com visibilidade social elevada saber se o seu aparelho foi hackeado é contratando um profissional qualificado que possua equipamentos de última geração para fazer uma varredura no aparelho.

Hoje em dia para profissionais, executivos, políticos e empresários cabe um conselho: é uma boa providência fazer uma inspeção (varredura) periódica no telefone celular em busca de programas (vírus) de infecção instalados, identificá-lo e aplicar as medidas de eliminação. 

Para a varredura é necessário o acesso físico por um profissional que tenha ferramentas e conhecimentos especializados.  Após uma análise e a exibição dos achados em relatório, alguns programas permitem sua remoção automática, entretanto, outros mais sofisticados, necessitam de uma formatação ou uma medida mais drástica, como a troca do aparelho.

Celso Ferro*.

*Especialista em inteligência, com mais de 30 anos de serviço dedicados a atividade policial, com foco especial na área de investigação e inteligência. Profissional com formação dentro e fora do Brasil, além de possuir vários trabalhos acadêmicos e livros publicados.

Para consultoria na área de inteligência e contra-inteligência empresarial envie um e-mail para: [email protected]



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