As Polícias Militares são Constituídas por Oficiais e Praças

Muito lúcido e relevante o artigo “Não queremos ser oficiais” publicado no Blitzdigital. O artigo mostra uma outra faceta da instituição policial militar, em termos de sentimentos e ideologias, traduzindo o que sentem e almejam os policiais militares autenticamente vocacionados para a atividade fim. O artigo traduz o reverso da ideologia daqueles que estão “mais focados na carreira do que na profissão”. Isso pode produzir, algumas vezes, um sentimento baseado muito mais “no que eu poderia ser e ser bem rápido”, e não “no que eu me propus a fazer e gostaria de fazer sempre”… É um discurso deletério e desagregador, proferido por aqueles que buscam fazer da polícia militar uma “assembléia de direitos”, em que a igualdade pretendida não está baseada na lógica ocupacional centenária, mas sim na expectativa difusa e genérica de uma “igualdade” baseada nela própria e na “luta de classes” de uma determinada ideologia de abrangência econômica, política e social.

Os oficiais são mesmo a minoria, em termos de efetivo, dos diversos quadros das polícias militares. E são minoria de conformidade com o princípio lógico de que os gestores devem ser sempre a minoria, já que é na atividade fim que precisa estar concentrada a maioria do efetivo de qualquer organização. Um orquestra, por exemplo, precisa de dezenas ou até mesmo centenas de músicos, tocando seus instrumentos nos respectivos naipes, necessitando de apenas um maestro. Não é por uma questão político-ideológica de consentir na “opressão da maioria por uma minoria” que os vários trombonistas ou violinistas de uma orquestra se deixam reger por um único maestro. É por uma “questão de música”… Uma estrutura organizacional básica militar é o chamado “estado-maior”, composto muitas vezes por menos de uma dúzia de oficiais, chefes das seções que correspondem, geralmente, aos setores de pessoal, inteligência, operações, logística e relações públicas. E eles precisam ser mesmo a minoria, já que a maioria é composta por sargentos, cabos e soldados combatentes.

Os pilares militares básicos da hierarquia e disciplina são meros instrumentos organizacionais para o atingimento efetivo da atividade fim. E são famosos na cultura mundial contemporânea como tais — enquanto instrumentos de efetividade organizacional. Os autênticos militares são fervorosos defensores da hierarquia e da disciplina, não em nome ou em favor dos que estão nas mais altas instâncias do mando. Defendem tais valores institucionais em nome e em favor da própria efetividade da instituição. A modelagem da cultura militar, em sua ética e estética, pelas polícias militares brasileiras, revela algo quase que universal na cultura policial mundial. Sejam eles juridicamente civis ou militares, policiais do mundo inteiro estão organizados militarmente. Sobram os exemplos disso em sua excelência, incluindo a Real Polícia Montada do Canadá, os Carabineros de Chile, a Guarda Costeira dos EUA, os “Troopers” dos diversos estados norte-americanos, Gendarmes de diversos países, etc.

Parabéns ao policial militar que escreveu “Não queremos ser oficiais”. Ele merece congratulações, não tanto pelo que declara que “não quer ser”, mas muito mais por dever ser um homem feliz, já que tem grande prazer no que faz, estando convicto de querer continuar fazendo o que faz. E faz bem feito…

George Felipe lima Dantas.

Leia o artigo Não queremos ser Oficiais na íntegra clicando AQUI.

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Fonte da foto: Clic hoje.

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