O Marxismo cultural e a nossa violência Quotidiana

Há muito, o vírus revolucionário circula em nosso organismo social, sobretudo, nas escolas. Contudo, agora, tudo é bem pior. O desmonte dos valores mais caros à nossa civilização, que ocorre na rede pública de ensino, estampa capas de jornais em clima de festa e conquista.

valeska em escola
Valeska em escola: inversão de valores.

Mais uma vez, uso como exemplo dessa tragédia uma edição do jornal mais eminente da Capital Federal, onde na seção “Educação” diz-se: ‘” Pensadora” Popozuda vai à escola’. Importa-se rememorar: depois de apontar uma funkeira como grande pensadora contemporânea em uma prova do ensino médio, uma escola pública situada em Taguatinga-DF recebeu a própria em suas dependências. Nunca é por demais lembrar que a resposta correta para a questão do exame era “tiro, porrada e bomba”.

marximo cultural em ação
Marxismo cultural em ação: Crianças são vítimas preferências desses facínoras.

Na matéria, as falas dos alunos são reveladoras. O politicamente correto (marxismo cultural) encontra-se impregnado na consciência dos estudantes. Isso pode ser percebido quando se referem à vitimização da mulher e à valorização da experiência cotidiana em oposição à necessidade de esforço e dedicação aos estudos, por exemplo. Tais princípios são a primeira dose da vacina anti-capitalismo. Na universidade pública, os poucos que lá chegarem receberão o reforço da vacina, agora em forma das doutrinas do gênero, da criminologia crítica, do direito achado na rua, do preconceito linguístico, etc.

Entretanto, o que mais me surpreendeu foi o professor afirmar com todas as letras: “Valeu a pena o debate, que está na sociedade, sobre o pensar, quem pode produzir pensamento. Ele continua a ocorrer, porque a gente dá prosseguimento ao conteúdo formal sobre moral. Hoje, estamos trabalhando com a moral para Nietzsche“. (Grifei)

A primeira expressão, em destaque, remete-nos a Paulo Freire, patrono da educação brasileira. Para o ilustre pedagogo, a educação deve ser um ato político. Não importa se para garantir-se um local no mercado de trabalho e ser bem sucedido na vida, a pessoa dependa do desempenho técnico e do rigor intelectual; o importante é formar revolucionários a partir das escolas.

Entretanto, a chapa esquenta no segundo grifado, quando o professor anuncia estar inoculando a moral nietzschiana nos espíritos de seus alunos. Nietzsche, autor de O Anticristo, é um crítico feroz da cultura ocidental em todas as suas dimensões: religião, moral, filosofia, ciência, artes, etc.

Daí, surgem algumas indagações: qual o interesse de um professor em inculcar na cabeça de seus alunos um filósofo que prega a destruição dos alicerces da sociedade? Estariam adolescentes, cujo cérebro ainda encontra-se em desenvolvimento, prontos para receberem esse tipo de ensino? Será se a moral em Spinoza, Leibniz, Lock, Burke, dentre outros autores mais alinhados com esmagadora maioria do Brasil (85% cristão), foi objeto de reflexão naquela escola? Deixo a resposta a cargo da imaginação do leitor.

De tudo, o que mais impressiona é a incoerência do discurso de vetores do marxismo, como é o caso do professor sob o holofote da mídia. Nietzsche, que decretou a morte de Deus, somente serve aos seus propósitos enquanto demole a moral cristã. Tenho minhas dúvidas se as alunas que servem de caixa de ressonância para o feminismo militante conheceram o Nietzsche que escrevera: “O homem será preparado para a guerra e a mulher para passatempo do guerreiro. O mais é loucura.” “Vais ter com uma mulher? Não te esqueças do chicote.”

Assim, eis a forma de pensar enfatizada não apenas pela comunicação social, mas também pela rede de ensino público em nosso país: para que aplicar-se aos estudos, se você possui um corpo atraente ou é bom de bola? Por que dedicar-se ao estudo de progressão de acordes, ponto e contra ponto, escalas cromáticas ou diatônicas, se você pode fazer sucesso com algo como “Funk Ostentação”? Para que obedecer às leis e convenções sociais, se tudo isso é fruto de uma elite perversa cujo último objetivo é lhe manter excluído do que há de melhor na vida? Como decidir-se por fazer o que é certo, se não existe bem e mal?

Nesse cenário, posso imaginar a frustração de pais que apostam todas as fichas na educação formal de seus filhos no intuito de os prepararem para o futuro. No lugar do ensino da própria língua e de línguas estrangeiras, de ciências e outros conteúdos úteis para o futuro empreendedor ou trabalhador disputado pelo mercado, crianças e adolescentes brasileiros recebem pela TV e em sala de aula o cardápio cultural marxista-gramscista (leia-se abortismo, iniciação sexual aos 12 anos, desprezo à religião, o fim da família tradicional…).

Ademais, não pode passar despercebido que a mesma edição do jornal que trás a matéria em comento, também nos brinda com outros dois cálices amargos: a destruição de uma família no trânsito por um infrator contumaz e a incineração de duas crianças por dívidas de um familiar. Em ambos os casos, evidenciam-se tanto a certeza da impunidade quanto a ausência de uma consciência moral que pudesse frear as ações de seus perpetradores.

Em nossa sociedade, as barbáries mencionadas perderam a capacidade de chocar. Tudo indica que isso é fruto do tipo de ativismo subjacente no caso da “pensadora contemporânea”. O brasileiro aos poucos está desistindo de viver sob os preceitos da moral cristã e do Estado de Direito. Quem ama ao próximo como a si mesmo não dirige embriagado e em alta velocidade sabendo que, com isso, pode dilacerar-se a si e a famílias inocentes. Igualmente, é preciso desacreditar-se totalmente da viabilidade de uma vida em sociedade para sair por aí queimando crianças.

Isângelo Senna da Costa.

Abaixo, seguem os links das matérias:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/05/12/interna_cidadesdf,427212/funkeira-valesca-popozuda-faz-selfie-com-alunos-de-escola-em-taguatinga.shtml

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/05/13/interna_cidadesdf,427272/apos-visita-em-escola-popozuda-promete-voltar-e-fazer-show-na-formatura.shtml, acessado em 14 de maio de 2014. O Jornal retirou a matéria do ar mas ela ainda pode ser lida clicando AQUI.

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