Reflexões sobre um país que aplaude o crime e condena o policial

Infelizmente está cada vez mais frequente o acervo de adjetivos cruéis atribuídos as forças policiais pela mídia, pela sociedade e também pelos membros que constituem os “direitos humanos”. É comum vermos policiais sendo taxados de racistas, homofóbicos, torturadores, perseguidores, autoritários e opressores. Enquanto os heróis são taxados com essa série de adjetivos, os criminosos geralmente são idolatrados, vitimizados pela mídia, acolhidos pelos “direitos humanos” e reconhecidos como heróis por uma parte da sociedade. Portanto, toda essa série de fatores têm como consequência um verdadeiro apocalipse de criminosos. Não só aqueles criminosos que saem com uma pistola 9mm nas mãos, mas também aqueles revestidos de um terno, gravata e de belo vocabulário.

Ser policial no Brasil está sendo uma atividade extremamente difícil, não pelo fato de tentar impor a ordem social, mas pela falta de auxílio tanto estatal como social. Precisamos de leis que deem tranquilidade para o policial exercer suas atividades, entretanto nossa legislação está dando cada vez mais benefícios legais aos infratores da lei. Exemplo disso é a audiência de custódia onde o criminoso, após ser detido, é encaminhado imediatamente à audiência para testemunhar se houve algum tipo de abuso do policial ao prendê-lo. É óbvio que ele irá usar de todos os seus argumentos para prejudicar os policiais, mesmo que não tenha ocorrido abuso de autoridade ou qualquer outro delito por parte dos agentes. Caso um policial seja acusado de tortura na audiência, ao mesmo cabe o ônus da prova, ou seja, provar sua inocência diante do fato. Somente no Brasil a palavra de um delinquente é simplesmente levada mais em consideração do que a de uma autoridade seguidora da lei.

E o que falar da mídia? Sem dúvidas é uma das principais responsáveis pela situação na qual nos encontremos. Todos os dias vemos notícias de homicídios, estupros, latrocínios, roubos, etc, mas nunca se dá ênfase e repúdio por essas práticas como dão quando uma autoridade policial comete qualquer ato ilícito, por mais insignificante que seja. E quando um policial é assassinado? A mesma coisa. A mídia não destaca tal fato como deveria ser destacado. Exemplo disso foi no caso do Cabo Marcos Marques da Silva, de 36 anos, assassinado covardemente por uma quadrilha composta por oito criminosos após uma tentativa de roubo em uma agência bancária em Santa Margarita, Minas Gerais, no dia 10/07.

Foi perceptível a não relevância necessária que os principais meios jornalísticos atribuíram ao fato, mesmo tendo imagens exclusivas de uma ação criminosa completamente bárbara que ali tirara a vida de mais um herói que deu sua vida em prol da ordem pública e por pessoas que criticam o seu trabalho.

Lembram do menor que teve sua testa tatuada com a frase “eu sou ladrão e vacilão”? Nunca houve tanta repercussão, revolta, repúdio e sede de justiça apresentada não só pela mídia, mas também pela própria sociedade. O mais cômico é que foi arrecado mais de 20 mil reais para a remoção da tatuagem na testa do criminoso. Muitas pessoas, inclusive alguns religiosos prestaram seu total apoio ao menor e repúdio ao tatuador. É preciso deixar claro que não foi justa a atitude do tatuador, mas dar total apoio a um delinquente é uma grande hipocrisia.

Quando falamos em hipocrisia é isto que temos que observar: No começo deste ano (2017), o Policial Militar Marcelo Abdalla Neder, de 34 anos foi cruelmente assassinado por criminosos na Rodovia Presidente Dutra, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A aposentada Ana Maria da Silva, de 64 anos, mãe do Policial Marcelo estava sem receber seu salário há dois meses e não tinha como enterrar o seu filho. Em nenhum momento houve uma grande repercussão na mídia sobre o assunto, também não houve arrecadação de fundos para ajudar a senhora a enterrar o seu filho, menos ainda a indignação por parte das pessoas e principalmente auxílio dos “direitos humanos”. Quem ainda acredita que os direitos humanos têm como função prestar apoio as pessoas de bem, está absolutamente errado, pelo menos na prática.

A comissão dos direitos humanos está completamente tomada por uma forte e blindada ideologia progressista onde a vítima sempre será os criminosos e não as pessoas de bem que estão perdendo suas vidas para o crime. Dona Ana Maria, mãe do soldado assassinado sabe muito bem dessa realidade e ficou bastante revoltada – não é para menos – com a situação.

A gente precisa gritar para ver se tudo endireita. Onde está o pessoal dos Direitos Humanos agora? Meu filho nem 13º salário recebeu, mas estava cumprindo com sua obrigação como policial.

No final, a corporação militar bancou o sepultamento do soldado, e diante disso podemos observar o quão hipócrita é a nossa sociedade e como os valores estão sendo cada vez mais invertidos.

Em 2014, uma palestrante dos direitos humanos estava debatendo com alguns policiais o que eles deveriam fazer quando entrassem em confronto com criminosos armados. De uma forma breve e cômica ela afirmou: “Vocês só podem atirar a partir do momento que vocês forem alvejados”. Fica cada vez mais claro de qual lado os direitos humanos estão. Além de ser uma afirmação absolutamente cruel e de mau caráter, é também bastante ilógica. Não há como reagir se você já levou diversos tiros, como aconteceu com o Cabo Marcos. O correto a fazer seria tomar a atitude necessária quando a situação representasse risco de morte para os agentes. Se o necessário for alvejar os criminosos para salvar suas vidas, então isso seria o correto. Já dizia o grande escritor francês Victor Hugo: “Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha”.

Entretanto, não só os direitos humanos têm sua contribuição em prol da criminalidade, mas a população também. Está cada vez mais comum os cidadãos interferirem nas atividades policiais. Quando um agente tenta prender um criminoso as pessoas tumultuam toda a situação com o objetivo de ajudar o delinquente e também na expectativa do policial cometer algum erro – por mais insignificante que seja – para expor na mídia, e assim condená-lo. Não faz sentido uma sociedade clamar por mais segurança quando ela usa de todo os seus artifícios para prejudicar as autoridades que dão suas vidas para promover a ordem pública.

Assim sendo, é necessário que as pessoas reflitam imediatamente sobre os seus princípios e conceitos completamente infectados pelas más ideologias que estão resultando na inversão de valores. As autoridades policiais estão do nosso lado, estão dando suas vidas em busca da ordem pública e de uma sociedade menos perigosa, mas infelizmente a maioria das pessoas não atribuem o valor e o incentivo necessário a quem realmente se importa com elas. Lamentavelmente quem sofre com toda essa situação na qual os valores estão invertidos somos nós, e não os criminosos. Enquanto esta geração continuar aplaudindo o crime e condenando as forças policias, o caos promovido pela criminalidade irá continuar mais forte do que nunca.

Rodolfo Agra.

Referências:

Palestrante dos “Direitos Humanos” diz que policial só pode atirar se primeiro for alvejado. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=4CB3LaWiYC8

Policial é morto em Santa Margarida durante tentativa de assalto a bancos:

Disponível em:

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/cabo-da-pm-e-assassinado-em-tentativa-de-assalto-a-bancos-em-santa-margarida.ghtml

Sem salário, mãe de PM morto espera ajuda para poder enterrar o filho. Polícia vai pagar sepultamento.

Disponível em:

https://extra.globo.com/casos-de-policia/sem-salario-mae-de-pm-morto-espera-ajuda-para-poder-enterrar-filho-policia-vai-pagar-sepultamento-20732768.html

One Reply to “Reflexões sobre um país que aplaude o crime e condena o policial”

  1. Eu não aplaudo bandido. Longe disso.
    Bandido, quando pego, precisa pagar pelos crimes que cometeu.
    Assim como policial corrupto e que acoita bandido. Esses devem pagar muito mais!
    O pecado do pecador a gente entende. O pecado do pregador é que ruim de aceitar.

    Não se pode ignorar os motivos que tornam alguém bandido, seja ele do morro ou de alguma corporação militar.
    Esse é o debate que precisa ser feito, com o apoio da Polícia Militar.

    A questão dos Direitos Humanos é mais ampla e contraditória. Mas não é sendo contra essas pessoas que defendem os direitos humanos que as coisas irão mudar para melhor.
    Precisa discutir o cerne do problema. Onde ele nasce. Esse é o debate.

    Gostei da página! Parabéns!

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