TERRA DA IMPUNIDADE

A barbárie generalizada em que vivemos não pode ser explicada apenas pelas teorias sociais que, ultimamente, teimam em tornar monstros em vítimas. Se processos de exclusão social podem pressionar algumas pessoas a tomarem pela força o que não conseguem obter pelo trabalho, como explicar episódios de violência explícita? Onde o único benefício obtido pelo perpetrador é a satisfação lasciva ou o deleite pelo sofrimento alheio.

Alguns casos são emblemáticos e servem de referência para análise, como o que aconteceu o dia 10 janeiro deste ano, na cidade do Recanto das Emas, quando uma menina de 11 anos foi estuprada por quatro adolescentes e um adulto (Wesley da Silva Dias), com um detalhe, toda a ação foi filmada pelos “infratores” e pelo criminoso. A crueldade é ainda mais escancarada quando descobrimos que um dos estupradores, à época com 17 anos, era namorado da vítima. Atraída para arapuca a pretexto de fumar narguilé com os amigos a jovem foi traída, estuprada e teve sua privacidade violada.

No crime não houve nenhuma vantagem financeira, comercial ou patrimonial, de maneira premeditada o grupo arquitetou a violência com a única finalidade de obter prazer sádico, deixando tudo registrado para que pudessem reviver os prazeres mórbidos de violentar uma criança.

Na raiz do episódio está a primeira anomalia, por que uma menina de 11 anos, ao invés de estar dedicada a brincadeiras e ao estudo, encontra-se na temerária situação de se relacionar com um jovem de 17 anos? E ainda mais estranho é que um “homem”, tenha interesse sexual por uma menina daquela idade.

Crimes desta natureza não podem ser explicados por pressões sociais ou econômicas, falta de oportunidades ou educação. A questão aqui é muito mais complexa e profunda e surge de uma desestruturação da alma humana, da perda total dos referenciais de certo ou errado. A origem mais provável está na desagregação da família, e do esvaziamento dos valores culturais e religiosos que foram as bases de formação de nossa civilização. A relativização moral abre espaço para que as pessoas manifestem seus desejos mais escandalosos sem nenhum freio. Aliado ao sentimento generalizado de impunidade o resultado não pode ser outro além dos 60 mil homicídios que aconteceram no Brasil apenas no último ano.

De qualquer forma, o mínimo que se espera é que crimes desta natureza sejam punidos de forma exemplar. Não temos a ilusão que criminosos desta natureza possam ser reintegrados à sociedade, o mais comum nestes casos é que voltem a praticar atos da mesma natureza. Em casos como estes o afastamento da sociedade, além de punição, é uma forma de proteger outras meninas ou mulheres a serem submetidas a violência semelhante. Infelizmente em terras tupiniquins é certo que, mesmo o adulto, passará uma temporada muito modesta na cadeia, quem sabe este natal todos estejam em casa para o natal.

Possivelmente, a esta altura, os agressores estejam em liberdade, fato que sequer podemos acompanhar já que o Estatuto da Criança e do Adolescente protege a identidade destes delinquentes. Com muita sorte saberemos se o adulto terá o privilégio do indulto de fim de ano.  Enquanto à menina, violentada da forma covarde, resta apenas tentar se recuperar do trauma com a certeza de que a justiça jamais será feita.

4 Replies to “TERRA DA IMPUNIDADE”

  1. O que esperar de uma sociedade que e absolutamente contra a pena de morte de uma assassino, mas luta ferenhamente para implantar o aborto a qualquer custo. Inversão total de valores. Lobos soltos e ovelhas presas. Se a ovelha é abatida, a culpa é dela e não do lobo.

  2. Como se explica o amor da esquerda – mídia, universidade, justiça e todos os letrados e sabidos – pelos bandidos: Herbert Marcuse, pensador marxista alemão e guru da turma letrada pregava que o proletariado, antiga base revolucionaria do marxismo havia perdido seu ímpeto revolucionário pq tinha se aburguesado com o sucesso do capitalismo na Alemanha e todo o ocidente (sabe como é: melhor ficar em casa vendo futebol e series americanas na enorme Tv de tela plana que ir pra rua gritar contra o capitalismo)
    …então só restava recorrer ao lumpemproletariado que são justamente bandidos, esttudantes, viciados, mendigos saudaveis, loucos (por isso a doutrina de esvaziamento dos hospícios e liberação dos malucos liderada por agente da KGB italiano chamado Franco Basaglia) e psicopatas em geral…o resultado é esse que vemos.

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