PMDF irá devolver 400 submetralhadoras Taurus

Após processo administrativo a Polícia Militar do Distrito Federal decidiu retirar da corporação todas as Submetralhadoras Taurus, modelo SMT .40 S&W, que estavam em uso na corporação. A decisão decorreu de processo administrativo que confirmou uma série de denúncias, realizadas por policiais militares, sobre o mal funcionamento das armas.

Diário Oficial do DF traz decisão da Polícia Militar

A decisão foi publicada no diário oficial do dia 28 de fevereiro e teve origem no Departamento de Logística e Finanças da Corporação, Chefiada pelo Coronel Stefane Enes Lobão, que determinou o imediato e recolhimento e guarda das submetralhadoras. De acordo com perícia foi constatado que os equipamentos adquiridos pela corporação foram entregues com “vício oculto”, ou seja, elas chegaram a polícia militar com defeito que não poderia ser averiguado no recebimento do material. Dada a gravidade das anomalias apresentadas os bens foram considerados inservíveis e devem ser devolvidos a fabricante para que a administração pública seja ressarcida.

Como parte das sanções que relacionadas a venda do material defeituoso a PMDF a Taurus pode ficar 2 anos sem a possibilidade de participar de licitações.

Em vídeo publicado em 30 de dez de 2013 o Blitzdigital já denunciava os defeitos constatados pelos operadores do equipamento, confira abaixo:

A medida inédita no Distrito Federal pode representar mais um elemento de pressão para a quebra do monopólio da fabricação e comercialização de armas de fogo no país que, atualmente, impede que as corporações policiais possam adquirir equipamentos de ponta.

Não é a primeira vez que as armas fabricadas pela Taurus apresentam defeitos graves. As pistolas 24/7, usadas por quase todas as Polícias Militares no país, também foram alvos de denúncias, acidentes. Em 2017 a Polícia Militar do Estado de Goiás fez o recolhimento de 2500 pistolas da Taurus, modelo 24/7. Na época levantamento do Ministério Público Federal em Sergipe, foram registrados acidentes em 18 estados e no Distrito Federal.  Em Goiás 23 policiais relataram falhas técnicas durante o trabalho. (informações do site do Jornal Nacional .

A lei que regula a aquisição de equipamento bélico pelas polícias impedem que sejam adquiridas armas que tenham similar nacional, desta forma, a indústria nacional acaba desenvolvendo equipamentos similares aos internacionais. Contudo pela pressa no desenvolvimento, para participação nos processos licitatórios, os defeitos de projeto e de fabricação acabam sendo revelados da pior forma, quando os profissionais precisam usar suas armas.

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