Estão tentando impor a luta de classes dentro da PM

As reações ao excelente artigo do Sargento Pires da Rocha, publicado no site Caserna PapaMike com o título “Não queremos ser Oficiais”, foram as mais diversas. Muitas foram extremamente positivas, o que mostra que existe ainda um grande senso do dever, de honra e de missão na imensa maioria dos nossos policiais. Porém, imagino as pressões que ele deve estar sofrendo agora pela pequena e ruidosa minoria frustrada com o artigo, que odeiam todos que como ele lutam para que a população tenha o que tanto precisa: De uma boa polícia militar que funcione bem. Por isso da grande admiração que ele recebeu por parte dos policiais militares que o admiraram por ser intelectualmente honesto e possuir uma firmeza moral e de valores tão escassos nesse momento negro da história do nosso país.

Fazendo referência ao citado artigo cabem algumas colocações:

A Polícia Militar, como Corporação de Estado e de tradição e organização militar de mais de 200 anos, compõe-se de duas carreiras distintas, mobiliadas por meio de concurso público com exigências e formações diferentes e complementares e que por isso tem suas atividades e carreiras bem definidas.

O que vemos hoje na polícia é uma divisão interna criada artificialmente por políticos partidários do “quanto pior melhor” que apostam na criação de uma insatisfação e revolta para depois faturarem politicamente com cargos eletivos. Achei o Artigo do Sargento Pires de uma integridade moral e intelectual ímpar pois, além de denunciar essas manobras políticas causadoras de divisão interna ele foca na missão da polícia militar em si, o que é o que faltava ser identificado e frisado nesse momento.

Esses mesmo grupos se aproveitam de alguns policiais, poucos é verdade, que, por serem, muitas vezes, frustrados e sofrerem de baixa autoestima, nunca conseguem estar satisfeitos com nada e, principalmente, não tem, ou não conseguem ter a coragem moral e a competência que tanto alegam ter na hora apontar os erros dos outros, para buscar uma alternativa melhor ao seu ego, seja na PM, fazendo o concurso para Oficial Combatente, para Oficial Médico, etc, ou para outra carreira qualquer em outra instituição, policial ou não.

Mas o que eles querem é mudar a regra do jogo no meio do jogo, o que, é claro, vai causar uma grande tormenta interna desnecessária e que acabará por desmotivar os verdadeiros policiais, que com tanto afinco, sangue, suor e lágrimas, lutam para manter o Brasil de pé contra tudo e contra todos.

É claro que esse papo furado de carreira única é só isso, um ouro de tolo criado para atiçar a ambição e fomentar a maldita “luta de classes” dentro da polícia militar, que só vai nos levar ao sofrimento e a frustração, já que ninguém em sã consciência acha que o Congresso irá alterar o artigo 144 da Constituição Federal de um dia para o outro. Ou, citando o argumento do próprio artigo, será que vai ser possível termos 13 mil coronéis trabalhando na PM? Ou será que vai acontecer isso nos hospitais, por exemplo, tendo 333 diretores em 333 gabinetes e a população a míngua esperando atendimento? Parece absurdo mas a lógica é essa.

Por isso, o artigo foi motivo de orgulho para todos os policiais militares, pois o que a sociedade e a corporação precisam é disso, que os policiais operacionais, que são vocacionados para a missão de combate ao crime, que é divina, cumpram a sua missão. Que os policiais que são dedicados a fazer a gestão para que a polícia funcione bem, que cumpram a sua missão, assim como os médicos, os capelães e assim por diante. Afinal, a polícia militar é lugar disso: Policiais militares.

Quem fez o concurso achando que era outra coisa, ou que se julga acima da nossa corporação e da nossa missão que vá e vença em outro lugar, de preferência sem ser servidor público.

Olavo Mendonça.

Leia o artigo do Sargento na íntegra clicando AQUI.

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