Coréia do Norte ameaça afundar porta-aviões dos EUA

A Coréia do Norte disse que está pronta para afundar um porta-aviões dos EUA para demonstrar seu poderio militar, já que dois navios da marinha japonesa se juntaram a um grupo de transporte norte-americanos para exercícios no Pacífico Ocidental.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou ao grupo de ataque liderado pelo Porta-Aviões USS Carl Vinson que navegue para as águas da península coreana em resposta à crescente tensão sobre os testes nucleares e de mísseis balísticos da Coréia Norte e de suas ameaças de atacar os Estados Unidos e seus aliados asiáticos.

Os Estados Unidos não especificaram onde está a esquadra de ataque do Porta-aviões e quando ele se aproximará da área crítica. O vice-presidente americano Mike Pence disse no sábado que a frota chegaria “em alguns dias”, mas não deu mais detalhes.

O Super Porta-Aviões Carl Vinson e sua frota. Com capacidade de mais de 90 aeronaves de guerra, além de outras armas, é capaz de lutar uma guerra praticamente sozinho.

A Coréia do Norte permaneceu desafiadora. “Nossas forças revolucionárias estão prontas para destruir um porta-aviões nuclear com um único ataque”, disse o Rodong Sinmun, o jornal do Partido dos Trabalhadores do Norte.

O jornal comparou o porta-aviões a um “animal grosseiro” e disse que um ataque seria “um exemplo real para mostrar a força de nossos militares”.

O comentário foi realizado na página três do jornal, depois de um artigo de duas páginas sobre o líder Kim Jong Un inspecionando uma fazenda de porcos.

Falando durante uma visita à Grécia, o chanceler chinês Wang Yi disse que já viu demonstrações de força suficientes e apelou para a calma.

“Precisamos emitir sinais pacíficos e racionais”, disse Wang, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores da China.

Somando-se às tensões, a Coreia do Norte prenderam um homem coreano-americano de cinquenta anos, elevando para três o número total de cidadãos norte-americanos detidos por Pyongyang.

O homem preso, Tony Kim, estava na Coréia do Norte há um mês ensinando contabilidade na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST), disse à Reuters o chanceler da instituição, Chan-Mo Park. Ele foi preso no Aeroporto Internacional de Pyongyang quando ia embora do país.

A prisão ocorreu na manhã deste sábado, hora local, segundo uma declaração da universidade, e estava “relacionada a uma investigação sobre assuntos que não estão conectados de forma alguma com a crise”.

A Coréia do Norte realizou cinco testes nucleares, dois deles no ano passado, e está trabalhando para desenvolver mísseis com ogivas nucleares capazes de atingir os Estados Unidos.

Também realizou uma série de testes de mísseis balísticos, desafiando as sanções das Nações Unidas.

Míssil balístico nuclear da Coréia do Norte: Risco real aos Estados Unidos.

A crescente ameaça nuclear e de mísseis da Coréia do Norte é, talvez, o mais sério desafio de segurança enfrentado por Trump. Ele prometeu impedir que a Coréia do Norte seja capaz de atingir os Estados Unidos com um míssil nuclear e disse que todas as opções estão na mesa, incluindo um ataque militar.

A Coréia do Norte disse que seu programa nuclear é para defesa nacional e alertou os Estados Unidos que responderá com um ataque nuclear a qualquer agressão. Também ameaçou destruir a Coreia do Sul e o Japão.

O secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, disse na sexta-feira que as declarações recentes da Coréia do Norte eram provocativas, mas que se mostraram vazias no passado e não deveriam ser confiáveis.

“Todos nós viemos para ouvir suas palavras repetidamente, sua palavra não provou ser honesta”, disse Mattis em entrevista coletiva em Tel Aviv, antes da última ameaça ao porta-aviões.

O envio de força naval do Japão para se juntar a frota americana reflete a crescente preocupação de que a Coréia do Norte poderia atacá-lo com ogivas nucleares ou químicas.

Alguns deputados do partido no poder japonês estão pedindo ao primeiro-ministro Shinzo Abe que adquira armas de ataque que possam atingir as forças de mísseis da Coréia do Norte antes de qualquer ataque iminente.

A Marinha do Japão, que é na sua maioria uma frota de destroyers, é a segunda maior da Ásia depois da China.

Destroyer japonês: segunda maior frota de guerra depois da China.

Os dois navios de guerra japoneses, Samidare e Ashigara, deixaram o oeste do Japão na sexta-feira para se juntarem ao Carl Vinson e “praticarão uma gama de ações táticas” com o grupo de ataque dos EUA, informou a Japan Maritime Self Defense Force.

A força japonesa não especificou onde os exercícios estavam ocorrendo, mas no domingo os destroyers poderiam ter atingido uma área de 1.500 milhas (2.500 quilômetros) ao sul do Japão, que seriam águas a leste das Filipinas.

A partir daí, pode-se levar três dias para chegar às águas ao largo da península coreana. Os navios japoneses acompanhariam a frota americana liderada pelo Carl Vinson pelo menos até o Mar da China Oriental, disse uma fonte com conhecimento do plano militar.

Autoridades norte-americanas e sul-coreanas têm dito há semanas que a Coréia do Norte poderia em breve realizar outro teste nuclear. Os Estados Unidos, a China e outros  países alertaram a Coréia do Sul. A Coréia do Sul colocou suas forças em alerta máximo. A China, único aliado principal da Coréia do Norte, se opõe aos programas de armas de Pyongyang. Os Estados Unidos pediram à China que faça mais para ajudar a aliviar a tensão. Na última quinta-feira, Trump elogiou os esforços chineses para controlar “a ameaça da Coréia do Norte”, depois que a mídia norte-coreana ameaçou os Estados Unidos de um “super- ataque preventivo”.

Com informação da Agência Reuters.

Tradução e informações complementares BlitzDigital.

Fonte: INDEPENDENT.

Veja o vídeo da reportagem da FOX NEWS (em inglês):

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