Criminalidade e Feminismo

Médico especializado em Psiquiatria do Adolescente pela Universidade de Paris XI

Ninguém nasce gostando de trabalhar. O gosto pelo trabalho só nasce depois que o adolescente é “obrigado” a trabalhar.  Mas, hoje, por causa da legislação de inspiração feminista (“contra os homens truculentos”), não se pode mais colocar os adolescentes para trabalhar.  Também não se pode mais corrigi-los, tudo em nome do feminismo “anti-macho-truculento” (“acho um absurdo aqueles pais, homens,  que batem nos filhos”). Então, por causa deste feminismo, não podemos mais corrigir os adolescentes truculentos ou preguiçosos (como  quase todo adolescente é durante determinada fase de sua vida ).{jcomments on}

Só o trabalho, a obrigação, a ocupação, é capaz de corrigir os desvios de uma mente adolescente –  ou seja, uma mente que só quer “curtir”, festas, sexo, agitação, aventura, experimentar novas sensações,  gangues, “disputa por quem faz mais coisa errada”,  comportamento sem compromisso, sem respeito à hierarquia, etc.

Esta historiazinha feminista de que “esporte” corrige isto, capoeira, “discussão sobre sexo e drogas”, “diálogo com os pais”, etc, é pura balela. O que modifica , de facto, uma mente adolescente, é a obrigação de trabalhar ou ocupar-se com algo útil, obrigação de aceitar ordens, obedecer hierarquias, disciplinar seus impulsos agressivos, aventureiros, sexuais.

 

Esta “obrigação” é contrabalanceada,  nas famílias saudáveis (que quase não existem mais ), pelo amor ao pai (outro cuja autoridade e presença é descartada na família feminista de hoje). É pelo “amor ao pai que o adolescente aprende o “amor à autoridade”. Já as mulheres modernas de hoje, as feministas, trabalham o tempo todo para tirar esta “autoridade” do homem, julgando-a machista e truculenta.

As mães, de modo geral, não conseguem instalar este mecanismo “disciplinar-laboral” na mente do adolescente. No máximo, uma mãe diz : “meu filho, vá trabalhar, vá estudar”. Aí o adolescente retruca : “não vou não, mãe; não quero, não gosto”. E aí a mãe responde : “então tá; mas fica aqui em casa, não saia não, vá ver TV, vá jogar videogame”. A mãe não tem autoridade ou energia máscula para corrigir este adolescente; para ela, se ele ficar em casa, vendo TV e videogame já está bom demais.

 O problema é que, diferentemente de sua mãe, o adolescente ou a adolescente gostam  mesmo é de rua, e aí a coisa degringola.  Já aquele que tem um pai amoroso e rígido, depois que é “forçado” a trabalhar, ocupar-se, começa a gostar, pois a maioria dos seres humanos têm um “instinto obsessivo” que os faz gostar de realizar coisas, construir, fazer coisas certinhas, ver o resultado do próprio trabalho, etc.

 É um “instinto laboral” que nos faz, enquanto seres humanos, termos gosto pela realização própria. Mas só descobre isto quem é obrigado a trabalhar. Se a pessoa não é jogada no trabalho, nunca vai descobrir este “prazer de realizar”, prazer de ser útil, prazer de construir, prazer de fazer a diferença para algo ou para alguém.

 Nossos adolescentes de hoje, premidos pelo feminismo, pela ideologia e pelas leis feministas, já não têm mais contacto com este tipo de prazer, pois são deixados a seu bel-prazer. Deixados por conta própria, só buscam o próprio prazer, e a busca do próprio prazer, além de ser destrutiva a médio prazo, é algo que não alimenta a alma e não gera a verdadeira felicidade.

 

Infelizes, lá no fundo, entram numa busca cada vez mais frenética e arriscada pelo prazer, pela aventura, mas nunca alcançarão a verdadeira paz e a verdadeira felicidade com isto.

 Sem ter o que fazer, os adolescentes enveredam-se pelo crime e a sociedade, sem vislumbrar solução para isto, parte para a correção na base da bala (sabe que “consultórios de psicologia” não resolvem isto; sabe que “centros  e programas governamentais para o adolescente” não resolvem isto; sabe que “aulas de capoeira”, de sexo, de drogas,  não resolvem isto; sabe que “juízes de menores e assistentes sociais passando a mão na cabeça deles e dizendo : “não faça isto , é errado, é feio”, não resolve isto; sabem que este tal de Estatuto do Adolescente não resolve isto ).

 Daí surgem os grupos de extermínio, aumento de homicídios, para “corrigir” a invasão de zumbis (drogados) e adolescentes criminosos para todo  lado. 

 

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