Livro: Mentiram para mim sobre o desarmamento

Nada é mais atual neste momento grave que o Brasil atravessa do que tudo o que se relaciona com o combate ao crime e as suas vertentes. Em um país com mais de 60 mil homicídios por ano, que perde mais de 500 dos seus policiais combatendo uma onde crime sem controle e de proporções inéditas, mesmo para os parâmetros de países com problemas graves, o assunto do desarmamento da população civil tem que merecer uma atenção e uma análise muito mais séria do que vem tendo até o momento.

Como tudo que acontece no cenário nacional, que envolva questões basilares e de importância capital para os brasileiros, sofremos um ataque de informações conflitantes e, por não raras vezes, com debatedores indo a mares nunca dante navegados em manipulação, mentiras e uso de técnicas de retórica. No caso da questão do desarmamento não podia ser diferente, pois os mesmos atores, com suas ideologias, entram no palco do debate com a velha determinação insana e diabólica de sempre. Seja para provar que não existem os sexos na espécie humana, para liberar o consumo e o tráfico de drogas ou para defender toda a sorte de marginais violentos, pois são vítimas do sistema, sempre estará um “especialista” de prontidão com um microfone. Logo, nada mais esperado que neste tema, tão caro a aqueles que defendem a revolução armada como meio para se atingir o ideal utópico de transformar o Brasil em Cuba, Venezuela ou na Coréia do Norte, as reações sigam na mesma linha.

Por isso este livro escrito em parceria entre o autor Flávio Quintela, do excelente livro “Mentiram, e muito, para mim”, e o especialista em Segurança Pública, Bené Barbosa, tem o “timming” perfeito, pois o momento atual pedia uma obra séria sobre o assunto, sem o papo furado ideológico e cínico de sempre.

O livro abre os trabalhos mostrando como que a população de bem sempre achou que essa conversa de que ela devia se desarmar e, mesmo morando em uma cidade perigosa, ou no meio da floresta, ou na fronteira com o Paraguai, confiar, cegamente, que em caso de uma tentativa de violência contra a sua vida ela teria uma assistência do Estado imediata e eficiente. Ou seja, ligar no 190 e a PM chegar no espaço de tempo antes que o crime se consuma. Não é necessário dizer que mesmo com toda a eficiência e a dedicação de qualquer policial no mundo nada muda o fato que você ficará a mercê de alguém armado ou pronto para lhe fazer violência durante um período de tempo, completamente vulnerável e sem chance de defesa, que poderá causar consequências terríveis e permanentes a sua vida e da sua família.

Por causa disto o referendo sobre o desarmamento recebeu um sonoro não da população. Mas a decisão do povo não foi acatada, até por que quem prega a revolução, a revolta e a insubordinação jamais se sujeitará a alguma coisa ou a alguém que possa atrapalhar a sua marcha rumo ao abismo totalitário. Por isso que se conseguiu na prática, e na surdina, implementar o desarmamento civil na população goela abaixo por meio de portarias e leis infra constitucionais, que eliminaram a possibilidade de qualquer brasileiro, que não seja policial ou membro do governo, de andar armado, em qualquer lugar do Brasil e em qualquer circunstância.

Para que isso acontecesse os defensores do desarmamento da população de bem (por razões óbvias um criminoso JAMAIS entregará a sua arma por causa de um cartaz imbecil com um ator da globo fazendo uma pombinha com as mãos), desaguaram nos meios de mídia de massa uma série de informações incorretas, incompletas, ou totalmente falsas, para que as pessoas aceitassem esse tipo de ação totalitária do Estado como normal e inevitável.

Por isso, o ponto alto do livro, são as dicas para o debate com “desarmamentistas”, sejam eles ideólogos ou idiotas úteis, para que as pesquisas sérias, os fatos e finalmente a verdade prevaleça.

Veja alguns exemplos:

– Dificultar o acesso das pessoas comuns às armas é facilitar a vida dos criminosos;

– Um cidadão armado protege a si mesmo, sua família, e as pessoas em sua volta. Sabendo que é impossível haver presença policial em todos os lugares, a todos os momentos, a única barreira que pode deter um criminoso é um cidadão armado. Essa é a verdadeira prevenção ao crime.

– Uma pessoa armada que reage a um ataque criminoso tem DUAS VEZES MAIS chances de sobreviver do que uma pessoa que se rende incondicionalmente ao seu agressor.

Todas essas afirmações estão no livro e comprovadas por um série de estudos e materiais.

Esta obra, que a princípio é simples e didática, e que parece ser despretensiosa, pode, literalmente, mudar o rumo desta política maligna, criando os meios intelectuais e práticos necessários para que esse processo revolucionário pare e seja revertido.

Para aqueles que querem se informar e deixar de ser apenas “gado” indo ao matadouro este livro é uma leitura indispensável.

Olavo Mendonça.

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