Cúpula da Segurança Pública rechaça excessos para conter protesto.
Ato ocorrido na véspera é investigado porque, segundo a polícia, há indícios de que alguém financiou os manifestantes que queimaram pneus.
O comandante da Polícia Militar, Jooziel de Melo Freire, chamou de “criminosos” os manifestantes detidos durante o protesto em frente ao Estádio Nacional. Trinta integrantes do movimento acabaram detidos e levados à 5ª Delegacia de Polícia (área central). À noite, um grupo estimado em mais de 300 pessoas se mobilizou em frente à unidade policial, exigindo a liberdade dos colegas. “Estão pedindo a soltura de criminosos. Quatro policiais foram agredidos com barra de ferro e pedaços de vergalhões”, afirmou o coronel.
Jooziel negou que os seus subordinados tenham excedido na contenção dos manifestantes. Para ele, os militares usaram “o uso progressivo da força” a fim de dispersar o movimento. “Estávamos negociando desde as 9h, mas jovens e adolescentes beiraram a inconsequência e tentaram entrar no estádio. O limite estava estabelecido, mas eles não respeitaram. Nesse momento, tivemos que aumentar o uso dessa força, usando bombas e gás lacrimogênio”, disse o comandante da PM. Apesar de a entrada do Mané Garrincha ter se transformado em praça de guerra momentos antes do início da partida entre Brasil e Japão, Jooziel não viu motivos para que a cidade fique com a imagem arranhada. “O jogo foi normal. Tivemos esse grupo resistente”, disse Jooziel.
De acordo com o Correioweb, no telefone de uns dos dois detidos, na última sexta-feira (14), por conta da queimada de pneus em frente ao estádio Mané Garrincha, havia uma mensagem que indica combinação de pagamentos aos manifestantes. A policia suspeita que os manifestantes da sexta iriam agir no sábado. No entanto, a relaçaõ entre os dois protestos ainda não foi confirmada.
O diretor da Policia Civil, Jorge Xavier, afirmou, ao veículo de comunicação que investiga 10 pessoas suspeitas de terem recebido dinheiro na manifestação de sexta-feira. Segundo ele, os suspeitos fugiram do Distrito Federal após a polícia descobrir a susposta fraude. “O movimento de sábado só não foi maior em função da ausência dessas 10 pessoas. Também vamos apurar se houve corrupção de menor”, afirmou o diretor.
Fonte: Correioweb
Foto: UOL Copa
{jcomments on}