Leis antiarmas não impediram o massacre em Nova York, diz Marcos Pollon

POR: Diógenes Freire

Fonte: Jornal BSM

O atirador que matou dez pessoas e feriu outras três dentro de um supermercado na cidade de Buffalo, no último sábado (14), escolheu o local por ser uma área de forte controle de armas 

tragédia ocorrida no último sábado (14) em Buffalo, no estado de Nova York, reacendeu a discussão sobre o controle de armas. Em um manifesto atribuído ao atirador, um jovem de 18 anos, o assassino revela ter escolhido o local por motivações racistas e por estar seguro de que não sofreria contra-ataques, já que na área vigora uma rígida legislação desarmamentista.

“O estado de Nova York, tem leis de armas pesadas, então me alivia saber que qualquer civil legalmente armado está limitado a dez pentes ou armas de fogo”, diz um trecho do manifesto atribuído a Payton Gendron – o atirador de Buffalo.

Atualmente, Nova York restringe os pentes a apenas dez cartuchos por arma e limita a compra de certos tipos de fuzis semi automáticos. Além disso, o processo para se obter a permissão para comprar uma pistola pode levar anos no estado.

Para o massacre que resultou na morte de dez pessoas e feriu outras três dentro de um supermercado, Gendron utilizou um rifle Bushmaster XM-15 modificado ilegalmente.

“NY cortou as leis de armas. Armas de assalto e carregadores de alta capacidade são ilegais para os civis, diminuindo assim as ameaças de civis cumpridores da lei”, diz um trecho do manifesto de Gendron.

Liberdade x controle

De um lado, ideólogos, políticos e admiradores de regimes totalitários cobram mais rigidez contra o comércio de armas para que, supostamente, assassinos (como o que matou as dez pessoas em Buffalo) não tenham acesso às armas.

 Ao contrário dessa visão enviesada – já que por definição um criminoso só é assim considerado, justamente, por não obedecer as leis – grupos e lideranças pró-armas insistem em mais liberdade para que o cidadão possa se armar e, se preciso for, ter um opção de defesa em situações como a que aconteceu em Buffalo.      

Procurado pelo BSM para comentar sobre o caso, o advogado e presidente da Associação Nacional Movimento Pró Armas, Marcos Pollon, ressaltou que “legislação de controle de armas não consegue controlar psicopatas, malucos de todo gênero e criminosos”.

Pollon comparou a atual legislação antiarmas em vigor no estado de Nova York ao controle utlizado na Alemanhã nazista.

“Em geral, os criminosos procuram regiões desarmadas porque eles sabem que não vai haver reação. Em lugares onde as pessoas têm acesso (às armas) esse tipo de coisa é mais difícil, não porque vai se prever o fato de um maluco existir, mas se torna mais difícil ou com danos menores porque existem pessoas preparadas e aptas para reagir e impedir tragédias desse tipo”, explicou Pollon.

O advogado citou como exemplo um caso ocorrido no Texas, em dezembro de 2019, quando um atirador invadiu uma igreja Católica e foi abatido pelos próprios paroquianos, que estavam armados e revidaram os ataques.

Para o advogado e vice-presidente executivo do movimento Pró Armas, André Bedin Pirajá, desarmar a população é uma forma de deixar “as ovelhas” à disposição dos “lobos”, referindo-se à antiga fábula que utiliza ovelhas, lobos e cães pastores para definir os “três tipos de pessoas que existem no mundo”.

“As ovelhas são aquelas pessoas que acreditam que o mal não existe, os lobos são predadores e têm como finalidade ou princípio subjugar as suas vítimas. E, nós temos os cães pastores que são uma raça rara de pessoas que têm o dom da agressão. Hoje, em Nova York, nós temos sedimentadas as ovelhas”, disse Pirajá ao acrescentar que o maior número de crimes tem ocorrido, nos últimos anos, em “gun-free zones”.

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