POR: Paulo Briguet
FONTE: JORNAL BRASIL SEM MEDO
Alekson Kongeski foi atacado por seis adolescentes nas proximidades de Colégio Estadual Padre José Canale, em Apucarana. Polícia não descarta morte por mal súbito
O estudante Alekson Ricardo Kongeski, de 13 anos, morreu ontem (21) depois de ser agredido por um grupo de adolescentes nas proximidades do Colégio Estadual José Canale.
Nesta terça-feira, por volta das 18h30, Alekson foi cercado por um grupo de adolescentes, três deles estudantes do mesmo colégio, e sofreu várias agressões até perder os sentidos.
Ao ver o menino desacordado, um homem que passava pelo local tentou fazer massagens cardíacas para reanimá-lo. Ele foi atendido no local pela equipe de socorristas locais, e depois encaminhado ao Hospital da Providência, já sem vida.
Três dos seis adolescentes envolvidos já foram apreendidos pela polícia. Segundo o delegado responsável pelo caso, Felipe Pinheiro Rodrigues, o corpo está passando por exames no Instituto Médico-Legal, e à primeira vista não aparenta lesões graves. O delegado informou ainda que o garoto sofria convulsões e fazia uso de medicamentos especiais. Rodrigues não afasta a possibilidade de que Alekson tenha vítima de mal súbito, em decorrência do estresse da briga. Com o laudo do IML e as declarações de testemunhas, será possível saber em que medida as agressões provocaram a morte do menino.
A morte de Alekson causou grande comoção em Apucarana. A mãe do garoto, Aline Fernanda, pediu justiça e disse que a sua vida foi destruída com a morte do filho. As aulas do Colégio José Canale foram suspensas. Ainda não há previsão para liberação do corpo para velório e sepultamento.
A direção do colégio informou promoverá ações pedagógicas de combate à violência, além de conversas para orientação dos estudantes e responsáveis. A instituição também está prestando apoio à família do aluno morto.
O Colégio José Canale, com 650 alunos, é uma das mais de 200 escolas da rede estadual paranaense que aprovaram nos últimos dois anos a adoção do modelo de Colégio Cívico-Militar, em um programa do Governo do Paraná. Mais de 100 mil alunos participam do programa no Estado. A escola em que Alekson estudava não faz parte do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (PECIM), do Governo Federal.
O senário educacional no país está caos, em um ambiente escolar os professores e funcionários são alvos de estudantes que não cumpre as normas e não respeitam as leis.