Samuel Wesley Cosmo

SD SAMUEL WESLEY COSMO E O MASSACRE DOS POLICIAIS BRASILEIROS

Casado e pai de duas filhas o SD da PMESP, Samuel Wesley Cosmo, 35 anos, integrante da 3ª Companhia de Rota, foi covardemente assassinado. A tragédia ocorreu na última sexta-feira, dia 02 de fevereiro, quando sem nenhum motivo aparente ou confronto com criminosos o policial foi atingido com um tiro no olho. Samuel chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Esta é mais uma ocorrência que mostra como os profissionais de segurança pública do país estão sendo sistematicamente assassinados por todo o país. O motivo? Apenas um, a profissão, o simples fato de pertencer a uma corporação policial é suficiente para colocar vida destes profissionais em risco. A farda, antes um símbolo de respeito e prestígio transformou-se em um alvo para cada membro das nefastas facções criminosas que contaminam nossa nação gerando uma epidemia de crimes e violência gratuita.

Mas a tragédia na casa do SD Cosmo é ainda mais dramática, ele não foi o primeiro membro da família sacrificado pelo crime. Seu irmão, Kennedy Cosmo, também policial militar de São Paulo, foi baleado por criminosos, em abril de 2018, quando saía do estacionamento de um batalhão da Polícia Militar em Santo André, no ABC Paulista. O pai dos dois militares, mortos no cumprimento do dever, também é policial, agente da Polícia Civil do Distrito Federal. Além disso, dois tios e uma tia de Samuel e Kennedy também estão nos quadros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Uma família dedicada a proteção e ao serviço da população e pagou com a vida de seus filhos e sobrinhos pelo descaso e indiferença do estado brasileiro diante do crime organizado.

Enquanto nossos irmãos de farda são massacrados de forma covarde em todo o território nacional, nossa mídia, intelectuais, políticos, magistrados e juristas permanecem possuídos pelo discurso que transforma policiais em opressores violentos, racistas e cidadãos de segunda classe, claro, com raras e honrosas exceções. Alheios as dores mais profundas de nossas corporações e da população dedicam suas vidas a promover as mais incoerentes e injustas políticas para a segurança pública. Desencarceramento em massa de criminosos, progressões precoces das penas, saidinhas e as covardes audiências de custódia, deixam claro que, neste país, nossa “elite” intelectual, política, cultural e jurídica já escolheu um lado nessa guerra.

Aos policiais e as suas famílias restam a solidão do luto, o vazio e a dúvida de quando serão as próximas vítimas.

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