POLITICAS DE DESENCARCERAMENTO – PAI MATA FILHA E DORME COM O CADÁVER

As políticas de desencarceramento fazem mais uma vítima, Rayssa Santos Silva Rosas foi estrangulada até a morte pelo próprio pai, Welligton Rosas, que desde abril de 2023 havia recebido o benefício para cumprir o restante de sua pena, de 18 anos de reclusão, em liberdade. Apesar de todas as tentativas de convencer a sociedade que manter criminosos perigosos fora da cadeia é a grande saída para ressocialização e controle do crime, os doutores da lei e os especialistas de gabinete precisam encarar a bigorna da realidade que, tragédia após tragédia, desmente cada uma das teorias mais românticas de quem vive na proteção dos gabinetes, fingindo que se importa com o que acontece na realidade crua de quem vive o caos do crime.

A confissão de Welligton assume contornos ainda mais assustadores quando observamos as justificativas de sua libertação. Após exame criminológico foi constatado que seus níveis de agressividade e impulsividade estavam controlados e que ele estava arrependido pelos danos que causou. Além disso, de acordo com o documento, o criminoso apresentava “boa tolerância à frustração”. Parece que nem tanto, já que o pai matou a própria filha após uma discussão, onde a moça teria ficado ao lado da mãe, em questões relacionadas ao divórcio dela com o assassino.

Durante sua confissão Welligton alegou que ficou com raiva da filha porque acreditava ter sido ela quem convenceu a mãe a se separar dele. A mulher estava separada dele a alguns meses e Rayssa morava com a mãe.

Os contornos mórbidos do caso não param por aí. Após o crime Welligton dormiu no apartamento na companhia do cadáver de sua filha. Na manhã seguinte ele quebrou as pernas da garota para conseguir colocar o corpo em uma caixa e fez o transporte usando carrinho de mudanças, a cena foi gravada por uma câmera de monitoramento.

Para ocultar o corpo o assassino teria contratado um morador de rua, pedindo que ele fosse até um posto de combustível comprar etanol, para incinerar o corpo. O cidadão receberia como pagamento 10 reais pelo trabalho, a polícia procura o homem para que ele seja indiciado pela participação no crime.

O corpo da jovem foi encontrado perto da Avenida 23 de Maio, via de grande movimento no centro de São Paulo, e estava carbonizado. Antes que o corpo fosse encontrado a mãe de Rayssa já havia registrado um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da filha, que não havia retornado para casa após o final de semana quando foi visitar o pai.

Como acontece frequentemente nestes casos Welligton já havia sido preso e condenado por roubos e tráfico de drogas. Também tinha passagem por uma tentativa de homicídio, mas o caso foi arquivado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A primeira passagem dele é de 2007. Dez anos depois ele conseguiu o direito de responder pelos seus crimes em liberdade. Contudo, pouco tempo depois foi preso novamente. Mesmo ainda tendo 03 anos de sentença para cumprir, em abril de 2023, conseguiu o direito de ficar em liberdade.

As políticas de desencarceramento, aplicadas de forma irresponsável, progressiva e em escala industrial no país, desencadeiam uma sensação generalizada de impunidade. Sentido que seus crimes não serão punidos os criminosos se sentem à vontade para voltar a delinquir, num ciclo vicioso de crime, violência e tragédia que faz do Brasil um dos países mais violentos do mundo.

A lógica contraditória dessas medidas parece não afetar os ideólogos progressistas que defendem essas teorias como uma panaceia para a segurança pública. E quem sofre são as pessoas comuns que acabam sob domínio de homens violentos e perigosos como Wellington. Vencer este tipo de política é a missão principal para evitar que outros casos, como o de Rayssa, continuem acontecendo.

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